08/05/2020

Impactos da pandemia: setor de locação projeta aumento da idade da frota


O tempo médio no qual as locadoras permanecem com os veículos em suas frotas vai aumentar de 14,9 meses (registrado ao final de 2019), para 18 a 20 meses no fim de 2020. A avaliação é da ABLA, após quase dois meses de restrições ao contato pessoal em virtude da pandemia do novo Corona Vírus.

O novo cenário é de menos aquisições para renovação da frota, também em função da menor oferta das montadoras, que interromperam sua produção em virtude das medidas de isolamento social para evitar a propagação da epidemia. Paralelamente, a demanda pela locação de veículos também caiu. “Um dos cenários mais desafiadores, por exemplo, é aquele referente aos motoristas de aplicativos, cujas devoluções de veículos já superam a marca de 80%”, avalia o presidente da ABLA, Paulo Miguel Junior.

No aluguel de longa duração para empresas e órgãos públicos, boa parte dos clientes das locadoras, com exceção das áreas de saúde e de segurança, estão aplicando 25% de redução nos contratos com as locadoras. “Ao mesmo tempo, no setor privado, também há empresas pedindo redução de valores de locação durante a crise e alteração de forma de pagamento”, diz Paulo Miguel Junior.

Ele acrescenta que nos ajuda a manter um certo otimismo é que, logo após esse período passar, a retomada seja rápida. Para ele, a demanda reprimida tende a fazer com que ‘todos corram atrás do prejuízo’ e, assim, “isso poderá gerar uma resposta satisfatória não só para o nosso setor, mas para toda a economia brasileira”.

Conforme o mais recente Censo do setor de aluguel de veículos, com informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ao final de 2019 o Brasil contava com 10.812 empresas de locação de veículos. Juntas, essas empresas mantêm 75.104 empregos diretos no país.

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