08/10/2021

Em Goiás, cresce demanda do agro por veículos alugados



O agronegócio vem se mostrando um vetor crucial do crescimento econômico brasileiro, já respondendo por mais de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Aqui em Goiás, o agro também já divide com o setor público a liderança na demanda por aluguel de veículos, dentro da tendência de deixar de comprar veículos para pagar somente pelo uso. No pós-pandemia, isso ficará ainda mais evidente. 

 

Os modelos mais procurados para as atividades ligadas ao agro são as picapes leves e pesadas. Juntas, as duas categorias representam um terço de toda a frota do setor de locação em Goiás (1.435 unidades), conforme as nossas mais recentes estatísticas da ABLA, com o aval do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

 

Cooperativas, produtores rurais e outros players do agro estão vendo na locação uma oportunidade de se libertarem das “amarras do crédito” necessário para comprar veículos e, assim, inclusive podem canalizar esse capital para sua atividade-fim, que é essencial para a recuperação econômica do país.

 

Além da economia financeira propriamente dita, o aluguel dos carros já embute gastos com manutenção, seguro e impostos como o IPVA. As locadoras começam a suprir com mais ênfase as demandas de mobilidade dentro e fora das propriedades rurais e também no setor público goiano, que tem demandado a terceirização de frotas para as áreas de segurança e saúde.

 

Aproximadamente 70% da frota das locadoras goianas já está voltada para a terceirização, que é o aluguel de longa duração para pessoas jurídicas e órgãos públicos. Ainda com base nas mais recentes estatísticas da ABLA, o estado conta com 251 locadoras ativas e uma frota total de mais de quatro mil automóveis e comerciais leves.

 

*Adriano Donzelli é ex-presidente e atual diretor regional da ABLA em Goiás