15/07/2021
Locação customizada quando chegar o pós-pandemia
Mesmo frente às adversidades atuais no setor, como a escassez de automóveis, aumento significativo dos preços e a demora para receber os veículos comprados, em Minas Gerais há expectativa positiva para um cenário pós-pandemia. Sobretudo em relação a produtos de locação como os carros por assinatura e o aluguel de veículos para motoristas de aplicativos.
No âmbito das locações para motoristas de aplicativos, se trata de um segmento que representa o uso de praticamente 20% da frota do setor no estado. O transporte por app, além da praticidade que conquistou a população, também se tornou preferência na hora de fugir de aglomerações. Existe um enorme potencial nesse segmento.
Com relação aos serviços do carro por assinatura, suas facilidades e benefícios ainda estão sendo disseminados no nosso estado. É uma tendência. Do mesmo jeito que se contrata um serviço de streaming para ver filmes e seriados, por exemplo, com pagamento mensal, a locação por assinatura traz esse modelo também para uso de automóveis.
Ou seja, o que as empresas e órgãos públicos já haviam entendido com a terceirização de suas frotas, agora as pessoas físicas também estão começando a compreender: há significativas vantagens ao pagar somente pelo uso dos veículos e não mais pela propriedade.
A nossa frota só não está crescendo desde já por causa da falta de carros no mercado. Imagino que a produção nas montadoras será impulsionada somente em 2022, mas independentemente disso, penso que o mercado irá mudar na comparação com o que existia antes da pandemia. A customização do atendimento precisará ganhar força, principalmente entre as pequenas e médias locadoras.
Teremos uma realidade diferente também em termos de produção e comercialização de veículos. As locadoras terão de se adaptar a novas formas de precificação, junto a uma gestão ainda mais eficiente e alinhada ao entendimento das demandas dos atuais e dos novos clientes que migrarão para o nosso setor.
*Leonardo Soares é diretor regional da ABLA e diretor executivo do Sindloc em Minas Gerais