01/06/2019

Locadoras de Sergipe buscam saídas para a crise


Enfrentando forte recessão desde que empresas estrangeiras que atuavam na região deixaram o país – e desde que a Petrobrás foi envolvida em investigações, as locadoras de Sergipe sentiram ainda mais o impacto com as restrições em função do combate ao novo vírus. O aluguel para empresas privadas também está passando por significativa redução de demanda e não é possível adiar a busca de medidas para sobreviver à crise.

Há estados no Brasil que já decretaram a locação de veículos como atividade essencial em meio à quarentena, mas em Sergipe as locadoras que não estão no aeroporto permanecem impedidas de trabalhar. O setor de aluguel de carros não está ligado à aglomeração de pessoas, conforme as restrições sanitárias, e estamos preparados para flexibilizar o atendimento, respeitando todas as normas de saúde e segurança para clientes e funcionários. Basta a autorização.

Em Sergipe, essa situação de quarentena afetou principalmente as pequenas e médias empresas, que tinham forte participação no segmento de turismo de lazer e de negócios. Há locadoras que correm o risco de encerrar atividades e boa parte das que continuarem, muito provavelmente terão de se adaptar para também atuar com o aluguel de frotas para órgãos públicos por meio das licitações.

Somos um setor importante e forte, com 10.812 empresas de aluguel de automóveis ao final de 2019 no Brasil. Juntas, nossas empresas mantinham 75.104 empregos diretos no país. Aqui em Sergipe, são 167 locadoras no estado, com um total de 1.183 empregos diretos.

Somos todos empresários e profissionais com altas expectativas de recuperação do aluguel de carros, principalmente a partir de clientes ligados à exploração de gás natural. A descoberta de seis pontos de exploração do recurso em águas profundas, em Cumbe, Barra dos Coqueiros, Farfan, Muriú, Moita Bonita e Poço Verde poderá ser o estopim da retomada da economia no nosso estado.

*Otávio Meira Lins é diretor regional da ABLA no estado de Sergipe.